segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Paes e Cabral: a aliança do Mal


Pela Comissão Política Regional
10/ 12/ 2012

Na esteira da política de enriquecer pessoalmente, às custas dos futuros megaeventos sediados no Rio de Janeiro, o governador e o prefeito em sua ansiedade contumaz para agradar aos seus amigos empreiteiros estão a ponto de perpetrar mais um crime contra o patrimônio imaterial de nossa cidade. A pretexto de construirem vestiários aquecidos para os atletas que irão competir na Copa de 2014, Paes e Cabral pretendem demolir de uma só vez o Estádio de Atletismo Célio de Barros, o Estádio de Natação Julio Delamare e, pasmem, uma escola municipal. Trata-se da Escola Municipal Friedenreich, a 4ª escola de melhor qualidade no município e a 10ª do Brasil, provando que é possível um ensino público de qualidade, desde que sejam dadas as condições para tanto.

A escola, que se confunde com a história do complexo esportivo do Maracanã, possui alunos cujos pais também estudaram ali, não sendo simplesmente um prédio de cimento, argamassa, cadeiras e mesas, quadros e salas de aula. Trata-se de um reduto multiplicador de educação de boa qualidade, de um local que traz recordações, tristezas e alegrias, há mais de uma geração de cariocas. Querer demolir a Escola Municipal Friedenreich é querer retornar à República Velha, antes de 1930, quando o patrono da escola, o jogador de futebol Friedenreich, o Pelé da década de 1910, mulato descendente de alemães, precisava se cobrir de pó-de-arroz para jogar futebol, esporte de brancos ricos. Paes e Cabral, com certeza, têm saudades daqueles tempos, quando poderiam arquitetar seus planos sinistros, sem que houvesse maior resistência. Hoje, além do PCB, outras entidades da sociedade civil participam da resistência à aliança do Mal, simbolizada em Paes e Cabral, palavras que, não por coincidência, rimam com Capital...

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