sábado, 25 de junho de 2011

O Estado do Rio de Janeiro governado por tenebrosas transações






(Nota do Comitê Regional do PCB-RJ)


De forma trágica a população do Rio de Janeiro ficou mais informada ainda sobre o jeito Sérgio Cabral de governar. O acidente com o helicóptero, no litoral de Porto Seguro, que resultou na morte de pessoas ligadas ao governador do estado, revela-nos como a classe dominante brasileira encaminha seus negócios, ou melhor, suas negociatas.

O avião em que foi feita a viagem de ida pertencia ao miliardário Eike Batista, o megaempresário que mais investe no Rio de Janeiro. Como gostava de dizer o ex-presidente Lula, grande amigo de Cabral, “nunca na história deste país” se flagrou uma personalidade tão onipresente, seja em qual for o empreendimento que se possa imaginar. Hidrelétrica, siderúrgica, portos, Olimpíadas, Copa do Mundo, hotelaria, limpeza da Lagoa Rodrigo de Freitas, lá está a mão do Mr. X. Além do mais, Eike Batista doou 750 mil reais para a campanha de reeleição de Cabral, e financiou com 40 milhões de reais o projeto das UPPs.

Não se sabe a razão pela qual o governador, para ir a Porto Seguro a uma festa particular, não utilizou o mesmo expediente imoral quando de sua volta da dramática viagem: o fretamento de um táxi aéreo pago com verbas do Tesouro Estadual, isto é, com nosso dinheiro.
O indigitado helicóptero levava ainda a esposa do dono da construtora Delta, Fernando Cavendish o qual foi bafejado pela "sorte" de colocar em sua conta corrente milhões de reais, obtidos em obras feitas pelo governo do estado - para exemplificar reforma do Maracanã e construção do Arco Rodoviário, custo previsto é de 1 bilhão de reais cada. Dos diversos contratos firmados por Sérgio Cabral com Cavendish, 25% se deram sem licitação Por coincidência com a festa de aniversário, o valor da reforma do Maracanã recentemente foi majorado de 705 milhões de reais para 1 bilhão, quem sabe para “arredondar”.

Mas afinal de contas, para que tal viagem? Bem, seria para comemorar o aniversário do empreiteiro. Num "resort" no litoral baiano onde as pessoas somente são admitidas com o de acordo de todos os condôminos. É um luxo só.

Temos, neste emblemático episódio, uma síntese da história do Brasil, tão antiga quanto a mais recente: o dinheiro público sendo utilizado em proveito de empresários e empreiteiros, o governador numa promíscua relação que, obviamente lhe rende também polpudos dividendos, políticos e financeiros, enquanto a saúde, a educação, a segurança pública, os transportes, continuam degradados, numa demonstração cabal (sem trocadilho) do descaso, da arrogância com que o governador do estado encara esta população sofrida. E ainda declara que o Estado não tem recursos para atender às reivindicações de bombeiros, professores e outras categorias que recebem dos menores salários do país.

Urge uma demonstração forte dos movimentos sociais, na mobilização da população, para exigir que o governador do estado explique suas relações promíscuas com os empreiteiros.
23 de junho de 2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

Sérgio Cabral viajou em jato de Eike para festa de empresário com quem tem contratos de R$ 1 bilhão


Publicada em 20/06/2011 às 23h38m
Carla Rocha, Elenilce Bottari e Fábio Vasconcellos (granderio@oglobo.com.br)

O governador Sérgio Cabral acompanha, à distância, o sepultamento de
Mariana Noleto no Cemitério São João Batista (Foto: André Teixeira /
Agência O Globo)

RIO - Três dias depois do acidente de helicóptero que caiu em Porto
Seguro, matando seis pessoas - uma vítima ainda está desaparecida -, o
estado quebrou o silêncio e informou na segunda-feira que o governador
Sérgio Cabral viajou para o Sul da Bahia num jatinho do empresário
Eike Batista, em companhia de Fernando Cavendish, dono da Delta
Construções. A empresa é uma das maiores prestadoras de serviço do
estado e recebeu, desde 2007, contratos que chegam a R$ 1 bilhão. Além
disso, também foi informado que Cabral se dirigia com o grupo para o
aniversário de Cavendish num resort, onde ficaria hospedado, mas o
acidente com a aeronave interrompeu os planos. Na segunda-feira, o
governador se licenciou do cargo, alegando razões particulares.

Cabral, ainda segundo o governo, embarcou no Aeroporto Santos Dumont
às 17h de sexta-feira no jato Legacy de Eike. Estavam a bordo o
governador, seu filho Marco Antonio e a namorada do rapaz, além de
Cavendish e sua família. Após o pouso em Porto Seguro, parte do grupo
embarcou no helicóptero para fazer a primeira viagem até o Jacumã
Ocean Resort, de propriedade do piloto, Marcelo Mattoso de Almeida -
um ex-doleiro acusado de fraude cambial há 15 anos e de crime
ambiental de sua empresa, a First Class, na Praia do Iguaçu, na Ilha
Grande, em Angra dos Reis. A decolagem foi às 18h31m, mas a aeronave
desapareceu no mar. A última visualização de radar do helicóptero
ocorreu às 18h57m. Cabral, seu filho Marco Antonio e Cavendish iriam
na segunda viagem, rumo a Jacumã. A volta do governador ao Rio, na
segunda-feira de manhã, foi num jatinho da Líder, pago pelo governo do
estado.
Eike doou R$ 750 mil para campanha

Além de Cavendish, Eike mantém estreitas relações com o estado e com o
governador. O megaempresário doou R$ 750 mil para a campanha de Cabral
em 2010. Eike se comprometeu ainda a investir R$ 40 milhões no projeto
das UPPs, a menina dos olhos da segurança do Rio.

Desta vez, a participação de Eike, ao oferecer o passeio até Porto
Seguro, não tinha relação com projetos públicos. O motivo da viagem
era o aniversário de Cavendish, comemorado sexta-feira. Os laços do
empresário e da Delta com o estado foram se estreitando nos últimos
anos. Se é o "príncipe do PAC" por conta do expressivo número de obras
do programa federal que estão na carteira de sua empresa, Cavendish é
o rei do Rio, se for considerada a generosa fatia do bolo de recursos
do estado que recebeu nos últimos anos ou está prestes a abocanhar,
por obras como a reforma do Maracanã ou do Arco Rodoviário, ambas
estimadas em R$ 1 bilhão cada. Em 2007, no primeiro ano do governo
Cabral, a Delta teve empenhos (recursos reservados para pagamento) no
valor total de R$ 67,2 milhões. No ano passado, o número deu um salto
de 655%, para R$ 506 milhões.

Nascida em Recife, a Delta ganhou impulso, no Rio, no governo Anthony
Garotinho. Hoje ocupa posição de destaque na execução orçamentária de
Cabral. Apenas em rubricas com grande concentração de obras, as cifras
se agigantam: o DER empenhou em favor da empresa, no ano passado, R$
40,1 milhões, e a Secretaria estadual de Obras, R$ 67,9 milhões. Os
dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do estado
(Siafem) foram levantados pelo gabinete do deputado Luiz Paulo Corrêa
da Rocha (PSDB).

Os números falam por si. O faturamento da Delta no estado é
crescente e nítido

- Os números falam por si. O faturamento da Delta no estado é
crescente e nítido - diz o deputado, ao comentar a estreita relação
entre o dono da Delta e o governo do estado que vazou com o acidente
de helicóptero e já repercute na Alerj.

- Após o momento doloroso, é hora de o governador dar explicações -
criticou o deputado Marcelo Freixo (PSOL). - Não fica bem ele aparecer
em festinhas de empreiteiros.

Quando se consideram os valores efetivamente pagos, a posição de
vantagem da Delta não muda. No ano passado, somente a Secretaria de
Obras pagou R$ 91 milhões à empresa, que ficou em terceiro lugar na
lista das que mais receberam da pasta, que tinha orçamento de R$ 1,1
bilhão para obras e reparos. Em primeiro lugar, com 25%, ficou o
Consórcio Rio Melhor (PAC nas favelas), com R$ 269 milhões. Detalhe: a
Delta faz parte do consórcio com Odebrecht e OAS. Outro exemplo do
longo braço da Delta é o DER. Em 2010, na rubrica obras, o órgão tinha
R$ 283 milhões e pagou 30%, ou R$ 81 milhões, à Delta, que ficou com o
maior pedaço do bolo.

Em maio, após romper com Cavendish, o dono de uma outra empresa da
área de construção, Romênio Marcelino Machado, afirmou à "Veja" que a
Delta havia contratado José Dirceu para tráfico de influência junto a
líderes petistas. Segundo a revista, Cavendish, em reunião com sócios
em 2009, teria dito que, "com alguns milhões, era possível comprar um
senador".

A Delta não se pronunciou e a assessoria de Eike informou que ele só
se manifestará nesta terça-feira.

COLABOROU Marcelo Dias (Extra)

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sábado, 11 de junho de 2011

RESISTIR É PRECISO: ANISTIA JÁ!



O PARTIDO COMUNISTA NÚCLEO CAMPOS ESTA SOLIDÁRIO A RESISTÊNCIA DOS BOMBEIROS.


o Movimento pela Dignidade dos Bombeiros Militares do Estado do Rio de Janeiro vem agradecer todas as demonstrações de apoio que temos recebido. Mais uma vez precisamos de vocês no ATO PACÍFICO DE APOIO AOS BOMBEIROS MILITARES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E REPÚDIO À PRISÃO DOS 439 HERÓIS, que são chefes de família e só clamam para serem tratados com DIGNIDADE (qualidade da pessoa humana, tão importante que a Constituição brasileira elege, no inciso III do artigo 1º, como um dos fundamentos da República). Contamos com vocês neste Domingo, 12/06, às 9h, em frente ao Copacabana Palace. Por favor venham de vermelho, se você for estudante, pedimos que venha uniformizado e com rosto pintado de vermelho.

Divulgue nas mídias sociais!!
ATO PACÍFICO DE APOIO AOS BOMBEIROS MILITARES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E REPÚDIO À PRISÃO DOS 439 HERÓIS - Domingo, 12/06, 9h, em frente ao Copacabana Palace, venha de vermelho!