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Num primeiro momento, a mentira foi impelida pela necessidade imperiosa de não se poder explicar os fenômenos naturais e os da existência. Num segundo momento, ela foi conduzida pela necessidade histórica de garantir a milenar permanência da desigualdade social.
Dentre os muitos discursos mentirosos que transitam, leves e fagueiros, entre a massa do povo simples e das ilustres cabeças dos bem letrados, há aquele que afirma ser o desajuste social fruto da ladroagem, da corrupção, da sonegação, da falcatrua.
É doloroso lembrar que na história recente tivemos a eleição de duas proeminentes figuras cujas bandeiras eram a moralização da "coisa pública". Não logrou vitória para a sua eleição a presidente, mas Ademar de Barros Filho levantou, bem alto, a bandeira do cinismo e grande parte do povo assumiu: "Ademar rouba, mas faz!". Repetindo o mesmo diapasão, tivemos e temos a figura inglória do sr. Paulo Maluf, um dos mais bem aquinhoados larápios dessa República.
Fazendo tremular a "vassoura" que haveria de limpar o Brasil da corrupção, elegeu-se com milhões de votos o sr. Jânio da Silva Quadros, que depois veio a revelar-se um mestre na arte de assaltar o Erário.
Por fim, tivemos a espetacular campanha moralista do "caçador de marajás", que teve de ser arrancado do governo em função de sua desmedida gula. Lula chegou a afirmar que o que faltava no Brasil era vergonha na cara, e foi justamente com os mais desavergonhados que ele estabeleceu maior nível de intimidade, como foram os casos: Sarney, Jucá, Renan, Barbalho, Maluf, para não falar dos sacripantas da própria lavra, ou seja, do próprio PT.
Estarrecido, lemos no jornal O Povo o artigo moralista da tão prestigiada jornalista Adísia Sá. É uma pena (sem trocadilhos)!
Gilvan Rocha é diretor do Centro de Atividades e Estudos Políticos – CAEP.
Blog: http://www.gilvanrocha.blogspot.com/
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