sábado, 5 de fevereiro de 2011

Milhares de pessoas oraram pela partida de Mubarak





Em uma nova jornada de manifestações, dezenas de milhares de pessoas oraram nesta sexta-feira (04) na praça Tahrir (Libertação), localizada no Cairo, contra o presidente do Egito, Hosni Mubarack. Os manifestantes expressaram seu desejo de tornar este dia o “Dia da Partida” do mandatário e afirmaram que não se moverão até conseguí-lo.

Nesta sexta-feira, dia sagrado para os mulçumanos, os egípcios se concentraram na emblemática praça para orar e começar o décimo primeiro dia de protestos.

O correspondente da Prensa Latina no Cairo, Ulises Canales, informou que os manifestantes rezam “não por uma revolução ideológica, mas pedem reformas políticas, abertura democrática e bem-estar para o povo” para acabar com a crise nacional.

“São filas intermináveis de pessoas que desejam ter acesso à praça Tahrir (…) Há um minucioso controle de militares”, afirmou o repórter.

Canales comentou que até o momento não foram reportados incidentes nas ruas da capital do Egito, apesar da presença e do nível de tensão por parte dos simpatizantes de Mubarak que se encontram nos arredores.
O correspondente relatou que em outras cidades da nação africana, como Alexandria e Suez, “estão acontecendo manifestações de pessoas que também pedem a renúncia de Mubarak”.

Ante a petição do povo do Egito, o ministro de Defesa, Mohamed Husein Tantaui, esteve pessoalmente na praça para examinar a situação. Mubarak “disse que não tornaria a se apresentar” na próxima eleição de setembro, disse o ministro aos manifestantes.

Em alguns cartazes na concentração de manifestantes na praça Tahrir pode-se ler a mensagem que a oposição egípcia tem repetido durante os últimos dias: os protestos não acabaram até a saída de Mubarak.

Nesta quinta-feira (03), em declarações a um jornal estadunidense, Mubarak afirmou que está “cansado” de seu cargo, que já dura 30 anos, mas que não vai se retirar do poder por “medo” de que se gere “mais caos” no país, em referência às ações de rua que milhares de cidadãos têm empreendido para exigir sua renúncia.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), desde o ínicio dos protestos cerca de 300 pessoas morreram e milhares ficaram feridas, aos que se somaram oito mortos durante os enfrentamentos desta quarta-feira (02) em Tahrir entre a oposição e partidários de Mubarak.

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