Crédito: PCB | |
(a respeito da nota política “A propaganda enganosa e o reformismo”)
por Geraldo Martins
Quero parabenizar o PCB pela Nota Política “A propaganda enganosa e o reformismo”. Neste momento difícil da reconstrução, do isolamento, do profundo descenso da luta organizada, da imensa fraqueza do nosso campo, da perigosa investida da besta burguesa ferida, da sua descomunal capacidade destrutiva, é imprescindível a coragem de denunciar radicalmente toda e qualquer falsidade ideológica, principalmente as que, em nome da revolução e dos trabalhadores e do povo, fazem a política dos seus inimigos e, contraditoriamente, ostentam um nome e fazem uso de termos que a sua prática política cotidiana desonra.
O documento é uma verdadeira obra para formação político-ideológica dos mais jovens, pois é a firme tomada de posição frente à iniquidade de uma política oportunista, que, para continuar com seu mesquinho e ridículo lugarzinho ao Sol da política corrupta burguesa, não vacila em falsificar a história, em conspurcar a história de luta de personagens legítimas da nossa luta de classes e a própria luta de classes, uma acintosa traição aos trabalhadores e ao povo brasileiro, que ardilosamente diz defender, mas que a história, contada pelos futuros vencedores, com certeza vai desmascarar. Mas essa história precisa ser contada a partir de já pelos futuros vencedores. E é isso, no meu entendimento, que faz a Nota Política.
Definitivamente, na nossa luta, não há e não pode haver qualquer concessão ideológica e mesmo a menor omissão resulta inevitavelmente em uma imensa perda, senão de valores e princípios, onde sempre se perde, uma perda estratégica que dificilmente será revertida. A história da luta de classes mostra isso claramente.
Mas nessa luta não há espaço para alternativas " ou... ou". A simples depuração político-ideológica não basta, é necessária uma transformação radical, uma autocrítica radicalmente corajosa e total, destruidora de tudo aquilo hoje representado e que hoje representa a política oportunista, com a participação de toda a base, para refundar a organização, antes voltada para a defesa da ordem para a defesa dos interesses de grupos dominantes e seus parceiros, agora necessariamente devendo colocar suas forças na luta contra a ordem para a defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo, para a defesa da revolução.
É preciso destruir totalmente o velho e construir radicalmente o novo. E isso só é possível se ainda existir alguma dignidade no interior da organização, se existirem camaradas com coragem para enfrentar essa luta de vida e morte entre revolucionários e oportunistas traidores. Que eles se manifestem e terão indiscutivelmente todo apoio e solidariedade dos verdadeiros comunistas, dos verdadeiros revolucionários.
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