quinta-feira, 31 de março de 2011
Dia Mundial da Saúde será o lançamento do Fórum contra a privatização do Sistema Único de Saúde no município.
A Frente de Unidade Popular (FUPO) convida toda a população de Campos e região para participar no dia 07 de Abril(Dia Mundial da Saúde) do lançamento do Fórum contra a privatização do Sistema Único de Saúde no município.
Será realizada dois eventos, o primeiro um ato público neste dia com a participação de partidos políticos de esquerda (PCB, núcleo PSOL Campos e PSTU), usuários, sindicatos, servidores, estudantes da área da saúde, profissionais da saúde e a população Campista no calçadão ás 16:00 horas.
As 19:00 horas, será realizado um seminário e lançamento do fórum de combate a privatização do SUS em Campos dos Goytacazes no auditório da UFF(Universidade Federal Fluminense)
A solução está na gestão pública e no controle democrático do SUS, verbas suficientes, transparência na aplicação dos recursos, combate à corrupção, realização de concursos públicos, PCCS, melhora das condições de trabalho e capacitação permanente dos profissionais, compra de medicamentos equipamentos que ofereçam condições dignas de atendimento.
A privatização não resolverá o problema da saúde, ao contrário, vai piorar ainda mais, pois é uma porta de entrada para a corrupção e mau uso dos recursos públicos.
É fundamental a participação de todos e principalmente estudantes e profissionais da área da saúde.
´´Não precisamos de muita coisa, só precisamos uns dos outros``(Carlito Maia)
No dia mundial da saúde, todos
para a rua contra a privatização!!!
sexta-feira, 25 de março de 2011
89 ANOS DO PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO
O PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO COMEMORA 89 ANOS DE LUTA.
A trajetória do Partido Comunista Brasileiro (PCB), fundado em 25 de março de 1922,
é parte constitutiva da história do Brasil. Se, na sua gênese, convergiram os ideais
libertários do nascente proletariado, no seu desenvolvimento e consolidação foram
sintetizados os processos de maturação de uma organização política que buscava (e
ainda busca até hoje) conjugar em suas fileiras os mais destacados dirigentes das
lutas dos trabalhadores e representantes da intelectualidade e da cultura brasileira.
Quando se tornou um verdadeiro partido de dimensões nacionais, no imediato pósguerra,
o PCB revelou-se como a instância de universalização de uma vontade política
que fundia o mundo do trabalho com o mundo cultural. Intelectuais do porte de
Astrojildo Pereira (um de seus fundadores), Caio Prado Jr., Graciliano Ramos e Mário
Schenberg, entre outros, vinculavam-se a projetos e perspectivas que tinham nas
camadas proletárias o sujeito real da intervenção social.
Se a história do PCB foi marcada por uma sistemática repressão, que o compeliu à
clandestinidade por mais da metade de sua existência e que entregou ao povo
brasileiro boa parte de seus maiores heróis do século XX, nem por isto o PCB foi um
partido marginal. Ao contrário: da década de 1920 aos dias atuais, os comunistas, com
seus acertos e erros, mas especialmente com sua profunda ligação aos interesses
históricos das massas trabalhadoras brasileiras, participaram ativamente da dinâmica
social, política e cultural do país. Por isso mesmo, resgatar a história do PCB é
recuperar a memória de um Brasil insurgente, ao mesmo tempo premido pelas
imposições do modo de produção capitalista e do imperialismo, para comprovar que só
pode fazer futuro quem tem lastro no passado.
Os primeiros anos, que vão da fundação do Partido a 1930, assinalam o esforço de
criar no país uma cultura socialista e um modo proletário de fazer política. Recorde-se
que, ao contrário de outros países, o Brasil não teve, antes de 1922, qualquer
experiência partidária anticapitalista de alguma significância (exceção feita à pioneira
ação dos anarquistas, cujo protagonismo esgotou-se com a greve geral de 1917 e a
algumas tentativas malogradas de se constituir no Brasil um partido de matiz
operária).
Nestes anos, realizando três congressos (o de fundação, em 1922, e os de 1925 e
1928/29) e já operando na clandestinidade, o PCB dá conta da sua dupla tarefa: de
um lado, traduz e divulga o Manifesto do Partido Comunista e lança o jornal A Classe
Operária, buscando divulgar as teses marxistas junto ao operariado. De outro,
dinamiza o movimento sindical com uma perspectiva classista e independente
inserindo-se no cenário da política institucional, através do Bloco Operário Camponês.
Em 1930, reconhecido pela Internacional Comunista e tendo criado a sua Juventude
Comunista, o PCB já multiplicava por quinze os 73 militantes que se integraram ao
Partido em 1922. A década de trinta marca dois movimentos na trajetória do PCB: o
primeiro, até 1935, de afirmação política; o segundo, até 1942, de refluxo - ambos
compreensíveis na conjuntura das transformações que a sociedade brasileira vivia com
a chamada Revolução de 1930, que pôs fim à Primeira República e abriu caminho para
a era Vargas.
No XIV Congresso, realizado em outubro de 2009 no Rio, comprova-se o acerto no
trabalho de reinserção do PCB no movimento comunista internacional e de
solidariedade militante aos partidos, movimentos e governos que avançam na luta
anticapitalista e anti-imperialista em todo o mundo. Verificou-se a forte presença de
convidados estrangeiros ao Congresso, através das delegações dos Partidos
Comunistas Cubano, Grego, da Alemanha, dos Povos da Espanha, dos Mexicanos,
Libanês, Colombiano, da Venezuela, da Bolívia, do Chile, Peruano, Paraguaio,
Argentino, do Polo do Renascimento Comunista Francês, da Frente Popular de
Libertação da Palestina, da Coordenadora Continental Bolivariana, do Partido
Comunista do Vietnã e do Partido do Trabalho da Coréia.
Também compareceram, como convidados, companheiros do PSOL, do PSTU, do PDT,
do PH, da Consulta Popular, do MST, do PCR, da Intersindical, da CUT, da Refundação
Comunista, do CECAC, de entidades de solidariedade internacionalista e da nossa
querida União da Juventude Comunista, demonstrando o crescimento do trabalho do
PCB no interior dos movimentos sociais e políticos no Brasil.
No XIV Congresso, o PCB afirma que o Brasil já cumpriu o ciclo burguês, tornando-se
uma formação social capitalista desenvolvida, terreno propício para a luta de classes
aberta entre a burguesia e o proletariado. E assevera que o cenário da luta de classes
mundial e suas manifestações no continente latino-americano, o caráter do capitalismo
monopolista brasileiro e sua profunda articulação com o sistema imperialista mundial,
a hegemonia conservadora, os resultados deste domínio sobre os trabalhadores e as
massas populares no sentido de precarização da qualidade de vida, desemprego,
crescente concentração da riqueza e flexibilização de direitos levam a reafirmar que o
caráter da luta de classes no Brasil inscreve a necessidade de uma ESTRATÉGIA
SOCIALISTA.
Para tanto, propõe a formação de uma frente política permanente de caráter
anticapitalista e anti-imperialista, que não se confunda com mera coligação
eleitoral, na perspectiva da constituição do Bloco Revolucionário do Proletariado
como um movimento rumo ao socialismo.
Às vésperas de completar 90 anos de existência, o Partido Comunista Brasileiro,
fortalecido nas tradições e na luta dos comunistas em todo o mundo, reafirma a
necessidade histórica de superação do capitalismo, que se dará apenas pela libertação
das classes trabalhadoras, na perspectiva do socialismo rumo à sociedade comunista.
terça-feira, 22 de março de 2011
- Vergonha e submissão ao capital estrangeiro: Justiça indeferiu habeas corpus de manifestantes preso
A alegação do Ministério Público e do Juiz do Plantão do Tribunal de Justiça encarregado de analisar o pedido de ( liberdade provisória para todos os detidos na manifestação é uma prova clara da subserviência das autoridades federais para com os interesses que envolvem a vinda do presidente Barack Obama ao Brasil: o juiz encarregado afirmou na sentença que libertar os presos significaria um risco à ordem pública, tendo em vista que hoje e amanhã o presidente dos EUA estaria no Rio de Janeiro e a liberdade desses manifestantes poderia ter repercussões negativas no cenário internacional, sabendo-se que o Brasil vai abrigar nos próximos anos eventos esportivos de grande repercussão mundial(Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016).
Ou seja, para a justiça, não interessa que estas pessoas foram presas de forma arbitrária e sem qualquer comprovação concreta de que tenham lançado os coquetéis molotov ou agredido policiais e seguranças do consulado americano, conforme comprovam vídeos divulgados na internet. O claro objetivo da sua detenção e da sua manutenção na prisão é obviamente dar "uma satisfação" ao governo americano e ao governo federal de que o aparato de segurança do estado é capaz de "silenciar" todas aquelas vozes que discordam da ingerência do capital internacional nos interesses nacionais.
Nem mesmo a presença de parlamentares, como o senador Lindberg Farias, os deputados Chico Alencar, Janira Rocha, Jean Willys, Stepan Nercessian e outras lideranças políticas e entidades como a OAB, mostrando que o governo do estado agiu de forma arbitrária, reprimindo uma manifestação pacífica e prendendo trabalhadores, foi capaz de sensibilizar as autoridades do Judiciário que mantiveram a prisão dos manifestantes. Uma vergonha para a Justiça do nosso estado.
Neste domingo mais dois atos irao acontecer em protesto contra a vinda do presidente americano ao Rio e, agora, também pela imediata libertação dos presos políticos - os primeiros presos políticos da gestão Dilma Roussef: os dois ocorrerão a partir das 10h, no Largo do Machado e na Glória.
domingo, 20 de março de 2011
FORA OBAMA!
VAMOS LAVAR AS ESCADARIAS DO
THEATRO MUNICIPAL, A PARTIR DAS
16:00 HORAS, MANCHADAS PELOS
PÉS DO GERENTE MAIOR DO CAPITALISMO
INTERNACIONAL: OBAMA.
Crédito: Somos Todos Palestinos | |
AJUDE A AMPLIAR ESSA CONVOCATÓRIA! VAMOS MOSTRAR AO MUNDO NOSSA GARRA, NOSSA UNIDADE E NOSSA FIBRA : Fora Obama de nosso país!
Domingo é dia de luta, vamos para as ruas nos manifestar contra a presença do principal representante do imperialismo em nosso país: todos à Glória, na saída do Metrô (do lado do Amarelinho). A concentração começará às 10 horas.
A crise sistêmica do capital e a crise energética, provocada pelo início de um declínio da capacidade produtiva de petróleo da terra, faz com que o imperialismo se mova , com mais intensidade, para os saques às riquezas minerais e energéticas dos povos do Oriente Médio, da África, e da América Latina.
Sob o pretexto de levar "sua democracia", ou "ajuda humanitária" e o combate ao "terrorismo internacional" invadem e ocupam países; utilizam bombas de nêutron empobrecido, proibidas pelas convenções internacionais, que deixam seqüelas por gerações, contra os povos desarmados; devastam suas terras, casas e suas vidas: Uma verdadeira carnificina está sendo produzida no Afeganistão, no Iraque e na Palestina, onde Israel, base militar dos EUA no Oriente Médio e o exército americano cometem crimes de guerra, racismo e usurpação das terras do povo palestino e usurpação das riquezas do povo afegão e iraquiano.
Essas ocupações imperiais também visam fomentar a indústria da guerra e da segurança. Tudo vale na busca incessante do lucro e do espólio de guerra! Diferente da segunda guerra mundial, os exércitos dos EUA, de Israel e seus mercenários não lutam contra outros exércitos instituídos, não há disputa bélica inter burguesa. A principal característica do momento histórico atual é a agressão mais brutal, genocida e fascista aos povos. O Oriente Médio rico em petróleo é o principal alvo desta política, mas o pentágono já apresenta ao mundo uma nova agenda: “combater e vencer decisivamente em múltiplos cenários de guerra simultâneos”, conforme Relatório220 do Project of the New American Century.
Aqui na América Latina estão com as patas na Colômbia através das 8 bases militares e um cem números de assessoria militar da Cia e da Mossad. Neste país irmão, todos os dias, trabalhadores, dirigentes sindicais, camponeses, índios são assassinados pela Estado terrorista. No Haiti, desgraçadamente, o povo é abatido diariamente pela fome, miséria e pela ocupação militar americana e pelos soldados do exército brasileiro sob seu comando.
Mantém um bloqueio criminoso a Cuba, ameaçam a Venezuela e a Bolívia e financiam golpistas de direita, como foi o caso de Honduras. Suas tropas se movimentam na Costa Rica e no Panamá e, desde a descoberta de petróleo do pré-sal em nosso país, os EUA reativaram a Quarta Frota de marinha de guerra e ameaçam deslocar para o Atlântico sul, ou seja, para a costa brasileira, os navios de guerra da OTAN.
E pensar que o governo brasileiro está promovendo acordos comerciais e montando palco para um assassino de povos, tal qual seu antecessor. Rechaçamos firmemente tais acordos e denunciamos o comprometimento político e a aliança que se desenha entre o governo Dilma e o império norte americano.
Por tudo, neste domingo a Plenária dos Movimentos Sociais realizada ontem, dia 16 de março, no SINDIPETROS decidiu que vamos mostrar ao mundo que estamos lutando, em unidade, com todos aqueles que querem construir uma agenda anti imperialista e de solidariedade à rebelião dos povos árabes e a todos os povos oprimidos, rumo a nossa própria emancipação!
Fora imperialismo da América Latina!
Tire as patas do Afeganistão, Iraque, Haiti, Colômbia e Palestina!
Viva a rebelião árabe! Toda nossa solidariedade aos povos em luta!
Fora todas as ditaduras do Oriente Médio!
Tire as garras do Pré-sal !
Não a ocupação da Líbia!
Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de JaneiroCrédito: Resistir.info | |
20 de março, Dia Anti-imperialista de Solidariedade aos Povos em Luta. Obama, tire as garras do Pré-sal!
Principal representante das políticas imperialistas e das guerras contra os povos oprimidos de todo o mundo, o presidente dos EUA chega ao Brasil para falar de “democracia e inclusão social”. Apoiado por um mega show, vai se dirigir ao povo brasileiro utilizando como palco um símbolo das lutas populares, até então cenário exclusivo de grandes manifestações contra ditaduras e em respeito aos direitos humanos: a Cinelândia, no Rio.
O presidente dos EUA fala em direitos humanos, mas traiu uma de suas principais promessas de campanha, ao manter a prisão de Guantánamo, onde estão milhares de pessoas em condições desumanas e sob tortura, sem direito a um julgamento justo: no último dia 7, Obama revogou seu próprio decreto, permitindo que os presos de Guantánamo continuem a ser julgados por tribunais militares.
O presidente dos EUA fala em democracia e paz, mas apoiou o Golpe Militar em Honduras, mantém tropas no Iraque e no Afeganistão, mantém o bloqueio a Cuba e se arroga no direito de intervir militarmente em qualquer região do Planeta. Dá apoio à política terrorista de Israel enquanto sustenta as ditaduras monarquistas do Oriente Médio, calando-se frente à bárbara repressão às revoltas populares no Bahrein e na Arábia Saudita. O governo brasileiro se aproxima de tal postura ao manter a ocupação militar do Haiti, já castigado pela miséria do modelo neoliberal e refém de séculos de dominação imperialista. Depois do terremoto que devastou o país ano passado, os EUA enviaram marines e ocuparam militarmente parte do território haitiano, atrasando a chegada de ajuda humanitária.
A pretexto de “combater o terrorismo”, os Estados Unidos seguem e exportam políticas que criminalizam movimentos sociais, como fica claro nesta visita ao Rio de Janeiro: o que dizer do grande cerco que está montado, para impedir que os nacionalistas e anti-imperialistas se pronunciem contra as guerras e a entrega das riquezas nacionais aos estrangeiros, durante a visita de Obama?
Enquanto fala de paz, inclusão e direitos humanos no Brasil, o presidente dos Estados está prestes a provocar uma nova guerra, invadindo a Líbia. Ora, a Líbia está entre as maiores economia petrolíferas do mundo. A “Operação Líbia” pouco se importa com a repressão e o bombardeio à revolta popular líbia perpetrada por seu anacrônico governo. É parte de uma agenda militar no Médio Oriente e na Ásia Central, que almeja controlar mais de 60 por cento das reservas mundiais de petróleo e gás natural.
Depois da Palestina, Afeganistão e Iraque pretende uma nova guerra na Líbia. Que serviria aos mesmos interesses que levaram à invasão do Iraque, em 20 de março de 2003! Aliás, a escolha do “20 de março”, para fazer esse pronunciamento às massas, não acontece por acaso. Convocada no Fórum Social Mundial, nesta data estarão acontecendo manifestações em várias partes do mundo, em apoio às lutas dos povos oprimidos, contra as guerras que aprofundam a exploração dos ricos pelos pobres e que são movidas, exatamente, pelos Estados Unidos e pelos países da OTAN.
Também o Brasil, principal país da América Latina, não foi escolhido por acaso: eles estão de olho nas imensas riquezas do pré-sal e já falam em reativar a ALCA – uma proposta contrária aos interesses da maioria do povo brasileiro e que já havíamos derrotado nas urnas, em plebiscito popular.
Os governos esperam a comitiva composta por dezenas de empresários norte-americanos que, junto à Obama, negociarão contratos preferenciais de energia e infraestrutura, muitos aproveitando a “oportunidade” de lucros com mega eventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. É dinheiro público sendo gasto sem licitações e com amplas denúncias de superfaturamento e desvios, veiculadas tanto pela grande imprensa quanto pelos Tribunais de Contas. Podemos aceitar isso?
O ministro Antonio Patriota espera que tais acordos coloquem o Brasil na condição de “igual para igual” com os EUA. Em troca o capital norte-americano gozará de amplas vantagens em seus negócios no Brasil, com seus investimentos e lucros assegurados, dentre outras coisas, pelos financiamentos do BNDES à megaempreendimentos com participação de empresas transnacionais, com sede nos EUA.
A captação de dinheiro público brasileiro é vista como uma das fontes de recuperação da economia norte-america, ainda em crise. Em suma, Obama quer que o povo brasileiro financie o setor privado norte-americano, causador da mesma crise de 2008!
Como pode o governo brasileiro se curvar ao imperialismo estadunidense, reproduzindo o mesmo modelo de exploração e, agora com o agravante, de utilizar dinheiro do BNDES para sustentar e reproduzir tal modelo? O mesmo imperialismo que nos ameaça reativando a Quarta Frota, e que ainda fala em deslocar para o Atlântico Sul os navios de guerra da OTAN?
A soberania nacional está ameaçada. Os Estados Unidos vêm ao Brasil para negociar a compra antecipada das reservas do Pré-sal, o que é ainda pior do que leiloar as nossas riquezas. Rechaçamos os leilões e qualquer outra forma de entrega das riquezas nacionais! O Petróleo Tem que Ser Nosso! A história está cheia de exemplos de países que esgotaram suas reservas e permaneceram mergulhados num mar de corrupção e de miséria! Não queremos repetir esses exemplos. Campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso – RJ | Sindipetro-RJ | MST | Sintnaval-RJ | Sintrasef | Condsef | Ascpderj | Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino | PCB | PSOL | PCBR | UJR | Movimento Luta de Classes | Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas | Modecon | Intersindical | PACS | Jubileu Sul Brasil | MTD | DCE-UFF | DCE-UFRJ | Núcleo Socialista de Campo Grande e de Santa Tereza
Fonte: Agência Petroleira de Notícias do Sindipetro-RJ (www.apn.org.br)
sábado, 19 de março de 2011
140 ANOS DA COMUNA DE PARIS: OS TRABALHADORES NO PODER
domingo, 13 de março de 2011
CONVOCAÇÃO
A terceira morte de Vlado Herzog
Pense num absurdo, em algo totalmente inverossímel, num completo desrespeito aos que querem contar a nossa história e à memória de quem tombou na luta pela redemocratização do país.
Pois foi isso que sentiu na pele esta semana o jornalista Audálio Dantas ao procurar o Arquivo Nacional, em Brasília, para poder finalizar o livro que está escrevendo sobre o seu colega Vladimir Herzog, o Vlado, torturado e morto nos porões do DOI-CODI durante a ditadura militar (1964-1985).
Vlado já tinha sofrido duas mortes anteriores: o assassinato propriamente dito por agentes do Estado quando estava preso e o IPM (Inquérito Policial Militar) que responsabilizou Vlado pela sua própria morte, concluindo pelo suicídio.
Esta semana, pode-se dizer que, por sua omissão, o Ministério da Justiça, agora responsável pelo Arquivo Nacional, matou Vladimir Herzog pela terceira vez, impedindo o acesso à sua história.
Muitos dos que foram perseguidos naquela época, presos e torturados, estão hoje no governo central, mas nem todos que chegaram ao poder têm consciência e sensibilidade para exercer o papel que lhes coube pelo destino.
É este, com certeza, o caso de Flávio Caetano, um sujeito que não conheço, chefe de gabinete do ministro da Justiça, meu velho ex-amigo José Eduardo Cardoso, por quem eu tinha muito respeito.
Digo ex-amigo pelos fatos acontecidos ao longo da última semana, que relatarei a seguir.
Na segunda-feira, Audalio Dantas me contou as dificuldades que estava encontrando para pesquisar documentos sobre o antigo Serviço Nacional de Informações (o famigerado SNI) no Arquivo Nacional, e pediu ajuda para falar com alguém no Ministério da Justiça.
Explique-se: um dos primeiros decretos baixados pela presidente Dilma Rousseff, o de nº 7430, de 17 de janeiro de 2011, determina a transferência do Arquivo Nacional e do Conselho Nacional de Arquivos da Casa Civil da Presidência da República para o Ministério da Justiça.
Por se tratar de quem se trata, presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo na época do crime praticado contra Vlado, que denunciou o assassinato, profissional dos mais premiados e respeitados do país, com 57 anos de carreira _ provavelmente mais do que os nobres Cardoso e Caetano têm de idade _, encaminhei a Audálio o telefone do gabinete do ministro da Justiça.
E lhe recomendei que falasse diretamente com José Eduardo Cardoso, explicando a ele as absurdas dificuldades que estava encontrando no Arquivo Nacional para fazer o seu trabalho.
Foi muita ingenuidade minha, claro. A secretária do ministro, de nome Rose, certamente sem ter a menor idéia de quem é Audálio Dantas e de quem foi Vladimir Herzog, decidiu burocraticamente passar o caso para o tal chefe de gabinete, Flávio Caetano, que estava “em reunião com o ministro”, garantindo que ele entraria em contato mais tarde.
Até aí, faz parte do jogo. Chefe de gabinete é para isso mesmo. Serve para fazer a triagem das demandas que chegam ao ministro, e não devem ser poucas.
Acontece que, pelo jeito, Flávio Caetano também nunca ouviu falar de Audálio e Herzog. Tanto é que, depois de mais uma dezena de telefonemas, sem conseguir ser atendido pela excelência maior nem pelo chefe de gabinete, o jornalista-escritor resolveu encaminhar este e-mail ao Ministério da Justiça:
“Prezado Senhor Flávio Caetano
Provavelmente o senhor não me conhece, por isso apresento-me: sou Adálio Dantas, jornalista, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e da Federação Nacional dos Jornalistas, ex-deputado federal. Tentei vários contatos telefônicos com o senhor, sem resultado. Por isso envio-lhe esta mensagem.
Estou concluindo (com prazo para entregar à Editora Record) livro sobre o Caso Herzog, do qual fui parte. Necessitando de informações sobre o assunto, procurei, no último dia 10, o Arquivo Nacional _ Coordenação Regional de Brasília, que mantém a guarda dos papéis do Serviço Nacional de Informações. Depois de me identificar, preenchi fichas de solicitação, tomando o cuidado de acrescentar informações adicionais sobre o caso, hoje referência histórica.
Como dispunha apenas de uma cópia de procuração que foi dada pela viúva de Herzog, Clarice, datada de agosto de 2010, disseram-me que era necessário documento original, com data mais recente. Já estava para buscar outra procuração quando recebi (dia 14/02) ofício em que se exige, além da procuração:
- Certidão de óbito de Vladimir Herzog
- Certidão de casamento
Considero que, em se tratando de caso histórico, de amplo conhecimento, e quando se sabe que a União foi responsabilizada na Justiça pelo assassinato de Herzog, tais exigências são absurdas e até desrespeitosas. Que atestado de óbito terá a viúva para mostrar? O que foi lavrado com base no laudo do médico Harry Shibata, que servia ao DOI-CODI e confessou tê-lo assinado sem ver o corpo? E que certidão de casamento terá Clarice Herzog juntado à ação que impetrou contra a União pela morte do marido?
E se a pesquisa fosse sobre o ex-deputado Rubens Paiva, quem forneceria o atestado de óbito? Desse jeito, ninguém conseguirá saber sobre ele no Arquivo Nacional.
Gostaria de discutir mais a questão que envolve, parece, deliberada dificultação de pesquisa. Ou, no mínimo, desconhecimento histórico por parte desse órgão público.
Faço questão que essas informações cheguem ao conhecimento do ministro José Eduardo Cardoso, que deve conhecer minha história.
No aguardo de uma resposta,
Atenciosamente,
Audálio Dantas”.
No momento em que escrevo este texto, no final da tarde de sábado, dia 19/02, Audálio continua esperando uma resposta. Na melhor das hipóteses, suas informações não chegaram às mãos do ministro José Eduardo Cardoso. Não tenho como saber porque também não consegui falar com o ministro.
Na sexta-feira à tarde, depois de ler o e-mail acima que Audálio enviou ao chefe de gabinete, sem receber retorno, liguei para o gabinete do ministro. A secretária que me atendeu, provavelmente a mesma que recebeu as ligações de Audálio Dantas, já ia me despachando direto para a assessoria de imprensa do ministério. Fui bem educado:
“Minha senhora, eu não quero entrevistar o ministro. Eu preciso falar com ele pessoalmente sobre um caso grave e urgente do qual ele deve tomar conhecimento”.
Só aí ela permitiu que eu soletrasse meu sobrenome, respondeu-me que sabia quem eu era, pediu os números dos meus telefones e, imaginei, cuidou de passar a ligação para o ministro. Minutos de silêncio depois, a secretária voltou para me dizer, sem muita convicção, que o ministro estava ocupado e me ligaria em seguida. Também estou esperando até agora.
Na hierarquia da falta de respeito pela própria função que exerce, o menos responsável nesta história é o funcionário de nome Raines, que se apresentou como historiador ao atender (ou melhor, deixou de atender) Audálio Dantas.
A sua superiora, Maria Esperança de Resende, coordenadora-geral da Coordenação Regional do Arquivo Nacional no Distrito Federal, é quem assina o absurdo pedido de documentos. Alguém superior a ela a colocou lá sem perguntar se as suas qualificações eram adequadas ao seu pomposo cargo no comando do Arquivo Nacional.
Talvez o jeito mais simples e barato de resolver este problema seja baixar outro decreto presidencial e devolver o Arquivo Nacional à Casa Civil da Presidência da República, como era antes, já que o Ministério da Justiça não parece muito interessado no assunto nem preocupado com o seu funcionamento.
Das duas uma: ou Cardoso está muito mal assessorado ou não entendeu ainda quais são os seus compromissos e responsabilidades no Ministério da Justiça do governo de Dilma Rousseff, a presidente da República que, ao contrário de Vladimir Herzog, conseguiu sobreviver às torturas na ditadura militar.
FORA OBAMA!
EQUADOR: A REVOLUÇÃO “CIDADÔ E OS COMUNISTA
Estive recentemente em Quaiaquil, representando o PCB no XV Congresso do PCE (Partido Comunista del Equador), fundado em 1926. Debateram-se no Congresso principalmente o programa e o estatuto do Partido, sem deixar de lado as questões táticas e estratégicas, que incidem sobre os temas principais.
O momento mais emocionante da abertura foi a homenagem ao jovem Edwin Perez, ex Secretário Geral da JCE (Juventude Comunista do Equador), assassinado recentemente por um ativista de direita, em meio a uma eleição do movimento estudantil.
O PCE tem um peso razoável no movimento de massas. Dirige uma das quatro centrais sindicais (CTE - Confederação dos Trabalhadores do Equador); tem presença importante na FEI (Federação Equatoriana de Indígenas) e na Frente Unida de Mulheres e mantém a JCE (Juventude Comunista do Equador);
O PCE não tem registro eleitoral, em razão das dificuldades impostas pela legislação.
Impressionei-me com as possibilidades e perspectivas do PCE, em fase de reconstrução, como o PCB e outras organizações revolucionárias.
Chamou-me particularmente a atenção uma importante presença proletária entre os delegados, assim como de militantes sindicais e sociais, jovens, indígenas e mulheres. Como em quase todos os Partidos Comunistas da América Latina, os dois maiores contingentes, por faixa etária, são o de militantes jovens, com menos de 30 anos, e daqueles com mais de 60 anos. Isto tem a ver com as sangrentas ditaduras dos anos sessenta a oitenta na região, clandestinidades dos Partidos Comunistas, as divisões entre os comunistas e as vicissitudes por que passou a construção do socialismo na União Soviética e no Leste Europeu.
Os debates se deram num ambiente unitário e fraterno, com as divergências sendo expostas com a firmeza e o respeito próprios dos comunistas, sem grupos, tendências.
O papel da juventude na reconstrução do PCE me pareceu decisiva, inclusive na calibragem da tática e da estratégia. Os comunistas mais jovens não conviveram com alguns problemas e deformações que foram comuns à maioria dos Partidos Comunistas do chamado MCI (Movimento Comunista Internacional), sob a liderança do PCUS (Partido Comunista da União Soviética).
Apesar do saldo histórico altamente credor desses Partidos na luta pelos direitos do proletariado, contra o colonialismo, o nazi-fascismo e o imperialismo, pelo socialismo, eles conviveram com o culto à personalidade, o burocratismo, os manuais, o acento exagerado nas alianças com as chamadas burguesias nacionais e a necessidade de colocarem a luta pela paz mundial na ordem do dia, em nome da preservação da União Soviética.
Seria temerário tentar fazer aqui uma análise mais consistente da atualidade equatoriana. Em geral, o PCB conhece muito pouco do Equador, principalmente pelo fato de que nossa presença neste XV Congresso marcou a retomada das relações bilateriais entre nossos Partidos que sempre foram distantes, como o são as relações entre os dois países de uma forma geral, talvez pela falta de fronteiras e de relações sociais e culturais mais fortes.
Mas saí com a impressão de que o PCE adota uma postura correta frente à realidade de seu país, que é bastante distinta da do Brasil, sobretudo no que diz respeito ao desenvolvimento das forças produtivas e, portanto, do capitalismo, e do caráter do governo federal.
A economia equatoriana - sustentada basicamente na exportação de petróleo, frutas, flores, pescado e grãos - tem uma grande dependência ao imperialismo, sobretudo o norte-americano, gerando importantes contradições não só com o proletariado, mas também com setores da pequena e média burguesia. No Brasil, estas contradições não têm o mesmo peso, em face de um capitalismo altamente desenvolvido e integrado ao sistema imperialista, como parte dele, ainda que de forma subalterna, conjugando disputa e subordinação.
As condições equatorianas guardam semelhança, por exemplo, com as da Bolívia e da Venezuela, países em que há espaço para revoluções nacionais democráticas com conteúdo anti-imperialista, antimonopolista e antilatifundiário.
Assim como nos parece correto os comunistas participarem, com independência política e criticamente, dos processos de mudanças na Bolívia e na Venezuela, parece correto o fazerem no Equador, mesmo que o processo nesse país ainda não apresente o mesmo grau de radicalidade. Aliás, nesses três países os comunistas participam e lutam pela radicalização do processo de mudanças, mas não ocupam cargos nos governos e nem os defendem acriticamente, levantando bem alto a bandeira do socialismo.
O longo discurso do Ministro das Relações Exteriores do Equador no Congresso do PCE foi muito importante para compreender o significado da expressão “revolução cidadã”, usada pelo governo Rafael Correa. Trata-se de um reformismo assumido. Baseia-se no que chamam de “socialismo do bem viver”, que basicamente propõe a harmonia do homem com a natureza (a Pacha Mama), com fundamento em princípios éticos e humanistas, conceitos como “comércio justo”, defesa das cooperativas, pequenas e médias empresas, agricultura familiar etc. Apresentam este processo como um socialismo novo, o socialismo do século XXI. Na Bolívia, o discurso é semelhante, se bem que Evo Morales verbaliza a luta pelo fim do capitalismo e não subestima a base de sustentação política que lhe assegura o movimento de massas.
Mas o que chama atenção no Equador é a violência da direita política contra o governo. Como na Venezuela, a mídia burguesa é o maior partido de oposição, coadjuvado pelas associações empresariais, partidos conservadores e ONGs financiadas pela USAID, sob a direção da embaixada norte-americana.
Afinal de contas, Rafael Correa, apesar de limitações, promoveu algumas mudanças. Começou com uma auditoria da dívida externa, que reconheceu apenas 30% do total até então cobrado pelos credores. Através de uma Constituinte livre e soberana, independente do parlamento, propiciou uma nova constituição (promulgada em julho de 2008), avançada em termos de direitos sociais. Determinou a retirada da grande base militar dos EUA que era localizada em Manta. Não se curvou ao estado terrorista colombiano quando este invadiu o espaço aéreo do Equador para assassinar covardemente o comandante Raul Reys (das FARC) e outros militantes, numa ação em parceria com a CIA e a Mossad.
Correa também vem estatizando gradualmente a indústria petroleira, com a criação de um novo marco regulatório, em que o Equador retoma sua soberania sobre parte de suas riquezas e usufrui de seus rendimentos. Isto levou empresas estrangeiras a se retirarem do país, inclusive a Petrobrás, que passa a falsa ideia de se tratar de uma empresa estatal brasileira, mas que tem a maioria de suas ações em mãos privadas, vendidas na Bolsa de Nova Iorque, e que se comporta como qualquer multinacional.
Neste novo marco, a atual estatal PETROEQUADOR vai se dedicar apenas à gestão da política governamental para o setor. Estão sendo criadas mais duas estatais, a PETROAMAZONAS - que vai operar os campos de petróleo, inclusive na área que resultou da expulsão da empresa norte-americana OXY – e a PETROPACÍFICO, que ficará responsável pelo refino e comercialização dos derivados do petróleo.
No mesmo sentido, o Equador mudou a forma subalterna e corrupta com que os políticos burgueses tradicionais se relacionavam com empreiteiras estrangeiras, o que levou inclusive à expulsão do país da Odebrecht, a mais famosa empreiteira brasileira na América Latina, alavancada pelo governo Lula, através de um banco de fomento estatal.
Mas a mais grave transgressão aos ditames e interesses do imperialismo foi o país ter sido um dos fundadores da ALBA (Alternativa Bolivariana para as Américas), juntamente com Cuba, Venezuela, Bolívia, Nicarágua. Para se ter uma ideia, a adesão à ALBA – que vem promovendo uma integração soberana e anti-imperialista entre os países da região – foi o principal motivo do golpe em Honduras.
Agora mesmo o governo vem sendo violentamente atacado por ter convocado um plebiscito que será realizado no próximo mês de abril, uma consulta popular com dez perguntas, entre elas sobre medidas contra a corrupção, a evasão fiscal, os monopólios da mídia e do capital financeiro e a morosidade e cumplicidade da justiça com os interesses do capital.
Uma grande polêmica que se instalou na sociedade equatoriana é se houve ou não uma tentativa de golpe e de assassinato de Rafael Correa, em 30 de setembro do ano passado. Tudo leva a crer que, mesmo que houvesse um plano pré-estabelecido, a direita se aproveitou de uma rebelião de policiais para tentar promover o golpe de estado e o assassinato. Por outro lado, a impressão é de que a mobilização de setores populares que apóiam o Presidente foi decisiva para frustrar o intento golpista.
Ao que tudo indica, Rafael Correa, carismático e midiático, soube extrair do episódio um grande ganho político, que lhe assegurou o maior índice de aprovação popular desde a posse e, principalmente, melhores condições de governabilidade.
Dos diversos informes e opiniões diferentes a que tive acesso, é certo que não foram todos os segmentos populares que deram solidariedade ao Presidente naquele momento. As razões residem nas limitações de uma revolução nacional e democrática hegemonizada por setores da pequena e média burguesia e não pelo proletariado. As mudanças não chegam às relações entre capital e trabalho o que, compreensivelmente, desilude segmentos populares em relação à “revolução cidadã”, em que os cidadãos são portadores de direitos formalizados na constituição, mas não sentem qualquer mudança em suas condições de vida.
Além do mais, o Estado não sofre mudanças significativas, funcionando como aparato repressor das classes dominantes e fundamentalmente a serviço delas.
A maior virtude de um processo como este é que torna evidente a luta de classes, contrapondo os interesses do capital aos do proletariado, dos trabalhadores e de setores das camadas médias. Isto não ocorre em processos mitigados, de conciliação de classe, como no Brasil, em que os governos e os partidos ditos de esquerda que lhes apóiam não mobilizam as massas e não enfrentam ideologicamente o capitalismo, até porque têm como objetivo principal fazer do Brasil uma potência capitalista mundial.
A maior debilidade do processo equatoriano é a falta de um instrumento político e de uma organização de massas que impulsione as mudanças no sentido de uma revolução verdadeiramente socialista, que vá na direção do poder popular e da ruptura gradual com o estado burguês.
Aqui reside o “tendão de Aquiles” do processo. O Presidente se comporta como um caudilho de esquerda, numa relação direta com as massas, subestimando a importância da organização e mobilização popular e a construção de uma frente revolucionária.
A tomada do poder político por parte da maioria do povo nunca foi nem será uma concessão generosa das classes dominantes. O sistema de exploração que funde os interesses das chamadas burguesias nacionais com os do imperialismo não “cai de podre” nem pelo passar do tempo. Os exploradores não entregam voluntariamente o poder aos explorados, nem mesmo quando setores representativos destes últimos ganham uma eleição, nos marcos da democracia burguesa. Às vezes, são obrigados, a contragosto, a entregar o governo a setores populares, mas estes só alcançarão o poder popular com lutas muito duras, acumulando forças e golpeando o estado burguês, utilizando-se de métodos e formas de luta as mais variadas (institucionais e insurgentes), adaptadas às circunstâncias, tendo principalmente em conta a correlação de forças entre as classes em luta.
Seja qual for a via da conquista do governo, o caminho ao socialismo só pode ser pavimentado na mobilização e ação das massas e sob a direção de uma vanguarda revolucionária, não através de um partido único, mas de uma frente.
O PCE está atento às limitações e aos desafios do processo. Na última nota política do Comitê Central anterior ao Congresso, o Partido defendia, para a atual etapa do processo equatoriano, “RADICALIZAR, APROFUNDAR E PINTAR DE POVO O PROCESSO”, levantando várias bandeiras, como dinamizar a reforma agrária, consolidar a política externa soberana, desmontar as instituições burguesas do aparelho estatal e fortalecer a unidade de todas as forças sociais e políticas revolucionárias.
Nas Teses ao XV Congresso do PCE, neste particular aprovadas pelo Plenário, se diz no item A ESTRATÉGIA DA REVOLUÇÃO EQUATORIANA que “a luta do povo equatoriano é contra o imperialismo, as oligarquias e os latifundiários”.
Na citação de parte das teses ao Congresso, com a qual encerro esta singela contribuição, fica claro que o PCE não se ilude com a revolução nacional libertadora, em aliança com a burguesia dita nacional. Colocam claramente que a contradição fundamental da sociedade equatoriana “se expressa em duas formas: a contradição entre nossa nação, nosso povo e o imperialismo, em particular o norte-americano, e a crescente contradição entre o capital e o trabalho, entre as forças produtivas que lutam por se desenvolver e as relações sociais de produção baseadas na exploração dos trabalhadores da cidade e do campo”.
“A luta entre os beneficiários da atual ordem de coisas e as massas empobrecidas do povo equatoriano nos conduz a definir como tarefa histórica do momento atual um processo de liberação social e nacional que nos leve através de mudanças ininterruptas ao estabelecimento do regime socialista no Equador, como parte integrante da etapa histórica do trânsito do capitalismo ao socialismo.”
* Ivan Pinheiro é Secretário Geral do PCB (Partido Comunista Brasileiro) – março de 2011
sábado, 12 de março de 2011
Terceirização ilegal ameaça hospitais universitários, informa O Globo
O longo processo de terceirização de funcionários, considerado ilegal pelo Tribunal de Contas da União (TCU), ameaça hoje o funcionamento de boa parte dos 46 hospitais universitários federais, todos ligados ao Ministério da Educação (MEC).
Os hospitais têm hoje 70.373 profissionais, dos quais 26.500 são terceirizados, segundo estudo da
Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
Segundo reportagem na edição desta segunda-feira (7) do jornal O GLOBO, o MEC vem sendo questionado sucessivamente pelo TCU. Em levantamento de 2009, o MEC reconhecia que 59,03% do total eram servidores federais concursados e contratados por regime jurídico único; os demais trabalhavam pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), sendo terceirizados, autônomos ou cedidos por outros órgãos.
Responsáveis por atendimento de alta e média complexidade e por fazer transplantes, as unidades têm sofrido com falta de pessoal e gastos com os terceirizados.
O problema já atinge quem precisa dos serviços: 1.500 leitos, diz a Andifes, estão desativados. Segundo o MEC, em 2009, havia 10.277 leitos ativos e 1.188 fechados.
Leia a matéria, acesse: aqui
Fonte: CEBES
sábado, 5 de março de 2011
Contra o uso abusivo dos agortóxicos
Até o momento, foram realizados protestos em SP, MG, RJ, BA, CE, SC, PE, RS, SE e ES. Dia 12 é a vez da capital Paulista.
Uma série de ações marca, esta semana, a Jornada de Lutas das Mulheres da Via Campesina. As atividades acontecem em conjunto com movimentos sociais urbanos em vários estados para denunciar os impactos do uso abusivo de agrotóxicos sobre a saúde e o meio ambiente.
“A produção em grande escala com venenos traz consequência para a vida das pessoas, seja no campo, seja na cidade. Temos necessidade de consolidar esse debate na cidade, que é um debate para a humanidade”, afirma a integrante da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Marisa de Fátima da Luz
O Brasil ocupa, desde 2008, o primeiro lugar no consumo mundial de agrotóxicos, além de ser o principal destino de defensivos agrícolas proibidos no exterior. Na safra de 2009, foram utilizadas um milhão de toneladas desses produtos.
De acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 15% dos alimentos consumidos no Brasil apresentam taxa de resíduos de veneno em um nível prejudicial à saúde.
Caminhada
Ainda em celebração ao Dia Internacional de Luta das Mulheres, cerca de cem organizações feministas promovem uma manifestação em São Paulo no dia 12. A concentração terá início às 9h30min no Centro Informação Mulher, na Praça Roosevelt, no centro da cidade. De lá, as mulheres seguirão pelo centro da cidade, encerrando o ato na Praça da Sé.
“Estamos em luta diária contra a violência sexista, pela descriminalização e legalização do aborto, valorização do nosso trabalho, educação de qualidade para todos e solidárias às lutas anticapitalistas travadas no Brasil e no mundo”, afirma o manifesto das entidades.
Já no dia 8, o bloco “Adeus, Amélia!” levará a mensagem das feministas à população paulista. A concentração terá início às 14h, no final do elevado Presidente Artur da Costa e Silva, o Minhocão (próximo à Avenida Francisco Matarazzo).
(Com informações da página do MST)
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terça-feira, 1 de março de 2011
FUPO EM DEFESA DA CULTURA POPULAR
FRENTE DE UNIDADE POPULAR - FUPO
Chegou a hora de reagir: chega de corrupção!
Ao longo dos últimos anos, o povo campista tem sido vítima de uma instabilidade política originada por escândalos de corrupção que culminaram em sucessivas cassações de prefeitos. A falta de comprometimento dos governantes com políticas que atendam às necessidades da população também é um problema grave.
Pensando nisso, nós, da sociedade civil organizada, estaremos, a partir deste momento, numa ação conjunta, construindo a Frente de Unidade Popular. A ideia é estreitar as relações com movimentos sociais, associações de moradores, sindicatos de trabalhadores, grêmios estudantis, diretórios acadêmicos, universidades e, principalmente, ter o povo como parceiro incondicional.
A FUPO terá como um dos objetivos a construção do PODER POPULAR e o combate a qualquer forma de submissão do povo campista à corrupção em suas variadas instâncias, inclusive eleitoral. Construiremos um projeto político envolvendo a sociedade civil para superar as mazelas que lesam os direitos dos cidadãos do nosso município.
A FUPO vem a público denunciar o ataque do governo municipal ao carnaval campista -verdadeiro patrimônio cultural -, fazendo da exceção a regra, com o deslocamento da data do carnaval para outro período do ano. Assim, o carnaval em Campos dos Goytacazes tem perdido o caráter tradicional,deixando órfãos todos àqueles que sempre o apreciaram, retirando do povo a oportunidade de participação de um evento que ocorre em todo território brasileiro.
A FUPO denuncia o baixo investimento na cultura popular, colocando em risco a preservação da memória de nossa gente através de eventos tradicionais em nosso município como bois pintadinhos,blocos carnavalescos,jongo,mana-chica,etc.
A política de “pão e circo” promovida pela prefeita Rosinha Garotinho tem servido, tão somente, para alienar o povo, reforçando a prática ideológica da classe dominante.
PELO POVO DE CAMPOS, PELO PODER POPULAR:
FRENTE DE UNIDADE POPULAR.
JUNTE-SE A NÓS!
PCB, NÚCLEO DO PSOL, PSTU, UNIDADE CLASSISTA, UJC, INTERSINDICAL, CSP-CONLUTAS/INTERSINDICAL, MENF